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Sunday, December 13, 2015

Homenagem algodão colorido orgânico

23ª edição do Salão de Artesanato da Paraíba homenageia algodão colorido orgânico



O algodão colorido orgânico – produzido no interior da Paraíba – vai ser a tipologia homenageada na 23ª edição do Salão de Artesanato. O evento acontece de 8 a 31 de janeiro, no Espaço Cultural José Lins do Rego, na Capital, e destaca peças produzidas com as variedades safira, topázio e rubi.

Com o tema “O espaço é do povo e o algodão colorido é paraibano”, pela primeira vez a organização do Programa de Artesanato da Paraíba (PAP) vai homenagear o algodão que se tornou símbolo regional em lojas de artigos para turistas e, também, ganhou o status de peças de luxo em feiras nacionais e internacionais nos mercados de exportação para países europeus como a Itália, Espanha, Alemanha e França. O produto também já chegou ao  Japão e Estados Unidos.

Cultivo sustentável – No Agreste paraibano, o cultivo se tornou a principal fonte de renda para cerca de 30 famílias do Assentamento Margarida Maria Alves (maior produtor local), no município de Juarez Távora, a cerca de 100 km de João Pessoa.

Etapas da produção – Como o produto já nasce colorido, a fibra dispensa o uso de produtos químicos para tingir o tecido economizando água no processo de acabamento da malha. O algodão é beneficiado em uma usina no próprio assentamento com descaroçadeira. A máquina separa a semente da fibra que segue para as indústrias de fiação e, logo em seguida, para teares mecânicos rústicos presentes ainda em muitos municípios.

Novas cores – Após mais de 20 anos de melhoramento genético, com o apoio da Emprapa, foi obtido uma variedade de plumas coloridas englobando cinco tonalidades que vão do verde-claro aos marrons claro, escuro e avermelhado. Ainda está previsto para os próximos anos uma outra variedade marrom, com melhor qualidade de fibra para a indústria têxtil.  Uma outra linha de pesquisa também busca obter o algodão de cor azul já que ele não existe na natureza. No entanto, isto será apenas possível recorrendo à biotecnologia para transferir o gene que fornece a cor azul para a fibra do algodão, o que reduziria significativamente o uso de tinta na indústria.

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