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Thursday, January 21, 2016

Morre escritora Edmonde Charles-Roux

Escritora e jornalista francesa Edmonde Charles-Roux, nasceu em uma família burguesa, porém, ficou conhecida por sua luta em prol do feminismo e militância socialista, faleceu na quarta-feira,20, em Marselha (Fr) aos 95 anos.



Seus trajes elegantes e de alta costura, foi filha de diplomata, enfermeira e integrante da resistência durante a ocupação nazista da França, feminista, militante socialista, jornalista de moda e escritora. Nascida em 17 de abril de 1920, em Neuilly-sur-Seeine, grande Paris, 


 Passou os primeiros anos de sua vida em Praga e Roma, onde seu pai era embaixador no Vaticano até o início da Segunda Guerra Mundial. Aos 19 anos, em pleno conflito, se tornou enfermeira voluntária no exército e entrou para a resistência em Marselha, sob o comando do general Lattre de Tassigny, fiel ao general Charles de Gaulle.  


Em 1947, contra a opinião da família, passou a trabalhar com Françoise Giroud e Hélène Lazareff na revista Elle, criada dois anos antes. Entre 1950 e 1966 dirigiu a edição francesa da revista Vogue, onde publicava 20 páginas de cultura em cada número, com colaborações de amigos como o escritor comunista Louis Aragon ou o poeta homossexual Jean Genet.

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Em 1955 participou na elaboração da série de romances históricos de muito sucesso "Les Rois maudits" ("Os reis malditos), sob a coordenação de Maurice Druon. Em 1966 conheceu o prefeito socialista de Marselha Gaston Defferre, com quem se casou em 1973. Os dois formaram um dos casais mais famosos de Marselha.
Defferre, que também foi ministro do Interior do presidente socialista François Mitterrand, morreu em maio de 1986, após 20 anos de uma história de "amor absoluto", nas palavras da escritora, que em 2001 dedicou ao marido o livro de fotografias "O Homem de Marselha".
Em 1966 recebeu o prêmio Goncourt por seu primeiro romance, "Oublier Palerme". Em 1971 lançou "Elle, Adrienne" e em 1974 "L'Irrégulière", uma biografia de Coco Chanel. Foi autora também de "Une enfance sicilienne" (1981), "Un désir d'Orient" (1989) e "Nomade j'étais" (1995), assim como os livretos para vários balés de Roland Petit.
Em 1983 entrou para o júri da Academia Goncourt, que concede o prestigioso prêmio de mesmo nome. Presidiu a academia entre 2002 e 2014, quando cedeu o comando ao escritor Bernard Pivot. Dia 7 de janeiro, ela decidiu abandonar a academia por razões de saúde, cedendo seu posto para o escritor, dramaturgo e diretor de teatro Eric-Emmanuel Schmitt.

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