Morreu nesta quinta-feira, 10 de janeiro, em sua casa, o crítico literário Léo Gilson Ribeiro. O jornalista lutava contra uma anemia profunda e completaria 78 anos no próximo dia 26.
Um dos mais respeitados críticos literários da imprensa brasileira, Gilson Ribeiro colaborava, havia 10 anos, com a revista Caros Amigos, da Editora Casa Amarela. Antes, trabalhou por 17 anos no Jornal da Tarde, como crítico literário e repórter especial. Ele nasceu em Varginha (MG), Gilson Ribeiro era doutor em Literatura pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha. Foi professor de Literatura Brasileira na Universidade de Hamburgo e foi o primeiro brasileiro a colaborar com a revista americana The Kennyon Review. Começou na profissão em 1960, no extinto Diário de Notícias e no Correio da Manhã, no Rio. Logo depois de publicar os primeiros textos e seu primeiro livro, Crônicas do Absurdo (1964), foi convidado pelo jornalista Mino Carta a colaborar com o Jornal da Tarde e, depois, com a revista Veja.
No ano de 1988 lançou O Continente Submerso (Best Seller), com perfis e depoimentos de grandes escritores da América Latina, como Jorge Luis Borges, Emir Rodrigues Monegal, Mario Vargas Llosa, Juan Rulfo, Manuel Puig e Octávio Paz, que lhe rendeu o prêmio de melhor ensaio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Nas livrarias, atualmente, é possível encontrar sua obra mais recente, Os Melhores Poemas de Carlos Nejar (1998), de Carlos Nejar e Leo Gilson Ribeiro (Global). Durante sua carreira, Gilson Ribeiro recebeu vários prêmios, entre eles o Esso de Jornalismo, em 1969, pela matéria A Noite dos Balões, que contava a história trágica de um casal de idosos assassinados por menores infratores.
Em 1976, foi reconhecido com o Prêmio de Melhor Crítico Jornalístico/Literário do Brasil pela Editora Nórdica, alé, do prêmio da APCA por Continente Submerso. O crítico e jornalista que também foi tradutor, ensaísta e dramaturgo, dominava sete idiomas e era um apaixonado pela literatura. Entre os escritores brasileiros, tinha admiração especial por Hilda Hilst, a quem definiu nos Cadernos de Literatura Brasileira, do Instituto Moreira Salles, como “a mais profunda estilista da literatura brasileira ou talvez mesmo da língua portuguesa". Fonte: O Estado de São Paulo
No comments:
Post a Comment