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Tuesday, February 13, 2007

Rua Conselheiro Crispiniano


Ele foi presidente de Minas Gerais, Rio de Janeiro e de São Paulo. Mas ficou conhecido como conselheiro por ter sido sua última condição ocupada em 1871.

Essa rua, antes de chamar-se Conselheiro Crispiniano, centro de São Paulo,  era mais uma daquelas vielas que surgiram no Morro do Chá, esse mesmo morro que iria dar origem ao atual Viaduto do Chá, em 1865. Sabe o que é que recorda o ano de 1865? A Guerra do Paraguai. Mas o que é que tem a Guerra do Paraguai com a nossa rua? Tem muita. Era presidente da província de São Paulo, nessa época, o Conselheiro Crispiniano Soares, um homem modesto que havia sido anos antes o porteiro do Conselho Geral da Província. De degrau em degrau esse notável lidador, que apesar de filho natural foi considerado um dos grandes do tempo, foi aluno da nossa Academia de Direito, em brilhante curso. Foi depois Juiz Municipal, fiel de Tesoureiro da Fazenda e Procurador Fiscal do Tesouro. Entrando na Política, o antigo porteiro foi eleito deputado provincial, juiz de paz depois, e ainda presidente da Câmara e, por incrível que pareça presidente da Província do Mato Grosso.

Mas não parou aí a vida política do Conselheiro Crispiniano: foi presidente de Minas Gerai, em 1863; do Rio, em 1864 e de São Paulo, em 1865. Mas ficou conhecido apenas como Conselheiro porque essa foi a sua última condição quando em 1871 novamente a ocupou. Mas o período mais aceso da vida do Conselheiro foi, como íamos dizendo, em 1865, pois foi nessa ocasião que ele organizou o primeiro batalhão de voluntários paulistas, tomando parte ativa nos combates de então. A rua que estamos tratando agora, recebeu o seu nome como homenagem muito justa. 

E lá, está a placa que lhe recorda a vida. Uma rua curta, um antigo retalho no começo do vale do Anhangabaú, ao tempo que se cogitava lidar por um viaduto a rua Líbro Badaró com a Barão de Itapetininga sobre o abismo das duas ladeiras. Conselheiro Crispiniano faleceu em 1876, já era então um velho de barba rala, olhos papuços, enérgicos ainda, assemelhando-se pela cor da pele, ao pai Tomaz, da cabana, mas um Pai Tomaz ilustre, cheio de auréolas de luz na inteligência e na força de vontade. Acima, a Rua que leva seu nome, bem no coração de São Paulo, onde encontra-se material fotográficos.(Formas&Meios).

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