Os Moche eram guerreiros e ä sociedade era estabelecida em hierarquias e sua produção ficou muito marcante em Huacos.
A cultura Moche ou Mochica surgiu e se desenvolve na margem desértica da costa norte do Peru, dos séculos I e II, e até o século VIII. Esta localidade é o epicentro desta cultura, que no apogeu, abrangeu os atuais territórios de La Libertad, Ancash, Piura e Lambayeque, seguindo até o porto de Huarmey. Evidentemente guerreiros, os Moches, sua cultura era entrelaçadas de maneira, digamos, heráldica, como os escudos nas decorações das vasilhas e as representações esculturais individuais. Já à sociedade Mochica era estabelecida em hierarquias muito marcadas, e ficou refletido em sua abundante produção de cerâmicas ou “huacos” - cemitérios indígenas -. Os senhores com poderes territoriais e religiosos encabeçavam a pirâmide desta sociedade teocrática. Os sacerdotes se conformavam com um segundo estrato, que podia ser integrado por mulheres sacerdotisas, assim como os Chimus. O terceiro estrato era o do povo, que realizava os trabalhos de campo e os ofícios. Tais divisões da sociedade em castas, eram governadas por caciques ou sacerdotes de diferentes vales. Mais tarde, uniram-se formando um único governo. Moches: amantes da vida Os Mochicas eram acima de tudo, amantes da vida.
Morte é o começo
Para eles a morte não significava o fim. Os homens continuavam a viver em uma outra esfera do mundo, e tinham suas obrigações ou privilégios desenvolvidos. Por deste modo acreditarem, é que os mortos levavam ao sepultamento provisões e bens adquiridos. O funeral refletia assim a função e o lugar de dsetaque de cada homem dentro da sociedade. As tumbas possuem uma decoração muito mais rica do que as de épocas anteriores, e os mortos são sempre colocados sobre as costas. As "personalidades" Moches eram enterrados juntos a dezenas de vasilhas, garrafas, jarros, bandejas e recipientes com decorações em relevo que representavam animais, frutos, deuses e homens. Valiosos pentendes, mosaicos de turquesa gravada em ouro, colares de ouro e medalhões com rostos humanos acampanhavam os mortos. [Francisco Martins]
EXPOSIÇÃO:
A Pinacoteca do Estado de São Paulo inaugurou sábado, dia 18, a exposição “Tesouros do Senhor de Sipán”. São mais de 200 peças, entre objetos de metal, cerâmicas, paramentos, adornos e jóias, que revelam a riqueza da cultura mochica. Serão apresentadas também cerca de 100 cerâmicas provenientes do Museu de Nacional de Arqueologia, Antropologia e História do Peru, em Lima e de uma coleção particular brasileira.
De 18/11 à 07/01/07
De terça a domingo, das 10 às 18h
R$ 4 e meia-entrada. Grátis aos sábados.
Pinacoteca do Estado
Praça da Luz, 2
Estação Luz
(11) 3229-9844
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