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Tuesday, August 01, 2006

Aston Martin: o inglês do Aagente 007













Ao fim da II Guerra Mundial, a maioria das fábricas de automóveis européias estavam praticamente falidas. Entre elas, a Aston Martin. Em 1947, o jovem empresário inglês David Brown, fabricante de tratores e caixas de câmbio que levavam o seu nome, assume o controle da Aston Martin e da Lagonda, após visitar os Estados Unidos e vislumbrar que seu potencial mercado para automóveis esportivos seria uma mina de ouro em poucos anos. E ele estava certo. Brown também foi um dos primeiros a considerar as competições o melhor meio de promover seus modelos. O feioso, porém eficiente Atom foi o primeiro esportivo pós-guerra, cuja variação de competição deu origem ao primeiro modelo da série que tem as iniciais de seu criador, o DB1 de 1948. Dois anos depois, o DB2, já com motor de 6 cilindros em linha, elevou a marca a uma importância nunca antes atingido por qualquer esportivo inglês. O surgimento do Aston Martin DB Mk III de 1957, ocorreu devido a uma transição entre o DB2 e o DB3 de competição. Já os 551, modelos fabricados apenas 84 unidades eram conversíveis. Foi uma antecipação do fenômenal Aston Martin DB4.

Luxo na parte interior

Qualquer fã dos filmes do agente secreto 007, identificará facilmente este conversível como sendo um Aston Martin, já que ele é muito parecido com o modelo DB5 1963 utilizado pelo espião em “Goldfinger”. A grade frontal mais pronunciada e os faróis verticais, além da traseira arredondada, mostram bem as diferenças de poucos anos de evolução. Mas o DB Mk III tem origem mais pura, apesar de antecipar o estilo italiano que seria adotado nas versões subseqüentes. O interior confirma o estilo inglês, acabamento apuradíssimo, painel de instrumentos sóbrio e posição ao dirigir praticamente perfeita. A área reservada aos instrumentos, que traz como destaque conta-giros e velocímetro, tem o mesmo formato da grade dianteira do veículo, criando, após este modelo, uma forte identidade, além de um elegante relógio de horas analógico. O motor do DB Mk III é um eficiente 6 cilindros em linha de 2922 cm3 feito pela Bentley, com dois comandos de válvulas no cabeçote e 178 cv. Seu funcionamento é sublime, com torque abundante desde as mais baixas rotações.

Freios Girling

O câmbio utilizado de 4 marchas, fabricado pelo próprio David Brown, tem uma caixa overdrive eletroidráulica auxiliar que entra em funcionamento apenas com a 4a marcha engrenada. Os coletores de escapamento de duas saídas são os responsáveis pela excelente sonorização desse motor, algo que já seduzia os adeptos de esportivos da época. Para equipar o Mk III, David Brown utilizou o que melhor dispunha de sua experiência em competições. Os freios a disco Girling nas rodas dianteiras, algo que nenhum concorrente tinha, vieram do DB3S de pista, assim como o motor. 

Este, no entanto, ainda mantinha o bloco de ferro, que só foi substituído pelo de alumínio um ano depois, na versão DB4.Muito valioso nos dias de hoje, em sua época o Aston Martin DB Mk III já era um modelo caro. Custando 2 300 libras, seus concorrentes eram o Jaguar XK 150, que saía por apenas 1 175 libras, o Alvis, de 1 995 libras e o Porsche 356 A Carrera, por 2 220 libras. Acima do Aston Martin estavam apenas o BMW 507 V8, (3 100 libras), e o Ferrari 250 GT, cujo preço chegava a 6 500 libras. Atualmente, o DB Mk III conversível não é o mais valioso dos Aston Martin, valendo cerca de 85 000 euros, já que seu descendente DB4 GT Cupê é cotado a 250. 000 euros. Porém, faria bonito em qualquer coleção. [Leia mais sobre antigomobilismo em Revista Formas&Meios www.formasemeios.blogs.sapo.pt

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