Casa de Rui Barbosa disponibiliza acervo raro de literatura de cordel
Aventuras de heróis, acontecimentos políticos, histórias de amor e de humor... tudo isso cabe nas páginas dos cordéis.
Para preservar e divulgar a riqueza dessa literatura, a Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) criou o site Cordel – Literatura Popular em Verso, com a obra de 21 cordelistas que integram a coleção da instituição, que é vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). Estão disponíveis para consulta 2.340 folhetos digitalizados, com suas versões originais e variantes.
O site é fruto de um projeto inicial realizado pela professora Ivone da Silva Ramos Maya. Segundo ela, desde a década de 50, pesquisadores da Casa de Rui Barbosa faziam estudos sobre a literatura popular nordestina, no intuito de repertoriar o acervo. Em 1979, Ivone trabalhou como consultora na instituição, mapeando os cordéis. Em 1987, após fazer um doutorado na França, ela voltou para a FCRB, ampliando a indexação do material.
A literatura de cordel se adapta aos novos tempos sem perder a magia dos versos. Telma Queiroz, que coordena o coletivo Cordel na Paulicéia, com 16 cordelistas, conta que os cordéis extrapolam os folhetos e ganham novos formatos, em livros, CDs e outros espaços.
Cordelista exemplo Costa Senna que começou a trabalhar com cordéis em 1979, descobriu o filão das apresentações nas escolas e nunca mais parou.
Cleusa Santo é outra apaixonada pelos cordéis. Por conta do interesse pelos folhetos, voltou a estudar e acaba de se formar em Letras.
O baiano Varneci Nascimento, que trabalha com cordéis há 16 anos, reconhece a importância do site Cordel – Literatura Popular em Verso.
Folhetos e biografias de 20 outros poetas e bibliografia sobre cordel disponível no acervo da FCRB, com 400 referências, dentre artigos, livros, recortes, teses e dissertações.
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