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Wednesday, October 05, 2016

Heitor dos Prazeres: referência cultural brasileira

O sambista e pintor carioca Heitor dos Prazeres foi um dos servidores ilustres do Ministério da Educação e Cultura (MEC), entre os anos 30 e 50. Foi o poeta Carlos Drummond de Andrade, outro ex-funcionário célebre da pasta, quem trouxe o artista popular para o órgão público. 
Foto: Arquivo família


No Palácio Gustavo Capanema, sede da Representação Regional do Ministério da Cultura (MinC), no Rio, há uma placa mencionando o fato de Heitor ter trabalhado no prédio. Na terça-feira (4), completam-se 50 anos da morte do cantor, compositor e instrumentista que tantas canções imortalizou. Vale lembrar que, em 2016, se comemora o Centenário do Samba, em referência à histórica gravação Pelo Telefone, de Donga, a primeira do gênero, realizada em 1916.

Heitor nasceu no dia 23 de setembro de 1898, na cidade do Rio de Janeiro, na rua Presidente Barroso, na Praça Onze. Seu pai, Eduardo Alexandre dos Prazeres, trabalhava como marceneiro e clarinetista da Guarda Nacional. Já a mãe, Celestina Gonçalves Martins, era costureira.

As mais de 200 composições do autor carioca trataram de diversos temas, como desilusões amorosas, a vida agitada do carioca e a religiosidade dos terreiros, presente em sua vida desde os primórdios e uma influência decisiva. Nesse leque, estão Vou te Abandonar, Carioca Boêmio, Nada de Rock Rock (manifesto contra a chegada do rock'n'roll ao Brasil, na segunda metade dos anos 50), Quem é Filho de Umbanda, Canção do Jornaleiro, Mamãe Oxum, Vem de Aruanda e Tá Rezando. 


Em 1931, o artista se casou com Glória, com quem teve três filhas. Infelizmente, o relacionamento durou pouco e terminou com a morte da esposa, em 1936. Para lutar contra a tristeza, descobriu a pintura e, um ano após o acontecimento, já começou a expor seu trabalho, que ganhou repercussão no país e até internacional. 

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