Grafites dormiram na rua e acordaram em um museu, sem saírem de seus devidos lugares. A iniciativa tem como meta ajudar os artistas em início de carreira.
Lisboa - Portugal {Agência FM} 18/02/09 - A ideia teve início no Bairro do Alto e foi expandido-se para bairros interligados como Amoreiras e São Bento, em Lisboa. O que antes apenas ornamentavam as paredes dos muros agora são alçados à obra de arte. O Museu Efêmero é na verdade um circuito de rua ao ar livre, que teve seu nome dada a natureza da arte exposta ali. Mais de 50 grafites criados por artistas de renome e outros nem tanto estão em exposição. A iniciativa funciona desde setembro de 2008, porém os grafites existem há mais tempo, para quem quisesse apreciar. A proposta do museu é única ao incentivar a visitação às obras de ruas sem tirá-las do ambiente.
O Museu Efêmero não só colocou o grafite na rota das artes lisboeta como organizou as visitas, colheram informações sobre os autores do grafite e também um áudioguia que pode ser baixado gratuitamente pela web. O grafite e a pichação são muito comuns nas paredes da região. Houve um filtro no que era pichação e o que era grafite-arte. O museu foi idealizado pela Agência Leo Burnet, a pedido da Fundação Pompeo, cujo intuito é de apoiar artistas em começo de carreira. Grafiteiros como o português Above, com a arte '' Professora e o Aluno" e o norueguês Dolk com o grafite o "Macaco", estão no circuito cultural.
Quatro meses após sua criação o museu ganhou expansão, duas filiais inauguradas nos bairros de São Bento e Amoreiras seguem o mesmo esquema da iniciativa do Bairro do Alto, com audiguia e mapa de localização pela internet. Outras cidades estão analisando a idéia: Porto, Coimbra, Faro e Setúbal e poderão implantar o museu do grafite à céu aberto. A mostra fica em cartaz até que as reformas dos imóveis ou a chuva permitirem. Quanto a renovação das obras e o aumento do acervo tudo depende da vontade dos artistas. [Obra do artista LIG].
http://museuefemero.blogspot.com/
http://museuefemero.blogspot.com/
Bairro Alto
Cheio de sobradinhos, o bairro convive com muitas lojas de roupas descoladas, livros usados, material de pintura e discos. Cafés e restaurantes faz da localidade um ponto de visitação.
São Bento
Nesse bairro fica a Casa Museu Amália Rodrigues, que funciona em um prédio revestido de azulejos do século XVIII, recentemente restaurados para melhor abrigar as memórias da fadista portuguesa, como roupas, condecorações cedidas por políticos e joias.
Rua> São Bento, 193
Amoreiras
Bairro habitado por famílias ricas e tem como principal atração turística o Arqueduto das Águas Livres, cuja construção teve início em 1731. O Arqueduto distribuiu água aos portugueses até 1960. O mesmo resistiu ao terremoto acontecido 24 anos depois das obras iniciadas. O Museu da Água organiza passeios nos meses de abril e outubro, onde mostra detalhes, muitos deles impressionantes como um arco de 60 metros.
Matéria publicada na revista Contemporânea, de arte, cultura e diversidade, São Paulo, capital, Ano II, nº 16, 2008.
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