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Wednesday, December 31, 2008

Principais regras - ortografia

Algumas mudanças na ortografia

Não será mais utilizado em ditongos abertos como 'ei e 'oi' de palavras paroxitonas como "assembléia" e "idéia" e "heróica".
Também cai nas palavras paroxitonas com "i" e "u", tônicos, quando precedido de ditongo como "feiúra" ou" baiúca"
As formas verbais que tem acento tõnico também deixam de ser usados, os precedidos de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". Por exemplo averígue, arguém. As palavras nesses casos serão grafadas assim: ARGUEM; AVERIGUE.

Acento circunflexo:
Não será mais usado nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do substantivo dos verbos "CRER" "LER" e "VER". ou seus derivados, passam a ser grafados assim: crêem, lêem por exemplo agora são grafadas > CREEM, LEEM, VEEM.
O acento circunflexo também desaparece em palavras como 'ENJÔO, VÔO. Agora serão escritas assim: ENJOO, VOO, PERDOO.

Hifen -
Será eliminado quando o segundo elemento começar com "S" ou "R". As letras serão duplicadas anti-social > {ANTISSOCIAL] anti-semita > ANTISSEMITA,
contra-regra > CONTRARREGRA].
Também cai quando o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra começar com uma vogal diferente { AEROESPACIAL] ou [AUTOESTRADA].
O hifen permanece em EX-PRESIDENTE, PRÓ-REITOR, PRÉ-REQUISITO

Trema: acabou-se. Deixará de existir.

ALFABETO
Agora terá 26 letras. A reforma incluiu as letras "K" W" e "Y".
Acento diferencial
Caem os que diferenciam PÁRA [do verbo parar] e PARA, preposição entre outros.


A reforma ortografica demorou dez anos para que Portugal digerisse a ideia e topasse o acordo. Segundo o escritor José Saramago, a reforma é muito mais interessante para seu país. Já o Brasil acha que a reforma vai ajudar na difusão da língua no mundo, falada por 230 milhões. A entidade tradicionalista e defensora da língua, a Academia Brasileira de Letras [ vai lançar dicionário], encabeçou a ideia em nome da modernidade. O academico Evanildo Bechara, a maior autoridade na língua portuguesa, defende o acordo.
Na verdade a reforma é um convite à dedução. Por exemplo, para diferenciar PÁRA [do verbo parar] da preposição PARA. Os estudiosos apontam uma solução: quando se diz: 'MANIFESTAÇÃO PARA AVENIDA" fica evidente que se trata do VERBO PARAR, pois outros elementos na frase conduzem para essa dedução.

O escritor João Ubaldo Ribeiro brinca com a reforma e não "vai surtir efeito alguma. É como se diz na Bahia: não inflói nem contribói.' bincou o escritor.

Evanildo Bechara concorda com a reforma e emenda " Uma reforma é sempre feita para as novas gerações e não para a que ai está", comenta o gramático.

O professor Pasquale Cipro Neto, percebe alguns pontos positivos na reforma ortográfica. " Eu imagino aquela instante cheia de livros, e agora ao repará-la está totalmente grafada de modo disforme ",diz o professor.

A maior autoridade literária viva de Portugal, José Samago, adiantou que seu país vai ser muito mais beneficiado com as mudanças da reforma da língua portuguesa do que o Brasil. Mesmo assim muitos tradicionalistas de Portugal já se posicionaram contra ao uso dela.
Um dos mais celebrados escritores brasileiros, Milton Hatoum também discorda da eficiência que a reforma ortográfica sugere "Os chineses não tem alfabeto estão se impondo no mundo", disse Hotoum.

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