Friday, December 07, 2007
Julio Villani
Dia 14 de dezembro de 2007 o Gabinete de Arte Raquel Arnaud abre para o público a exposição do artista plástico Júlio Villani. A abertura para convidados será no dia 13, às 20 horas.
Descrito por Agnaldo Farias como um artista que “opera com a diversidade, como que permanentemente tomado por um (…) movimento que o leva a unir o que está separado”, Júlio Villani apresenta uma série de colagens que separa o que junto está. As formas líricas, “grávidas”, dão corpo a outras que delas saem, multiplicando-as. Frequentemente derivam todas de uma mesma folha de papel: se fossem descoladas do suporte e encaixadas, seria retomado o fio da criação e seria reconstruída a figura original, prenhe de todas as outras. Esta série de 35 obras que Villani expõe no Gabinete de Arte Raquel Arnaud responde ao questionamento do confronto que a oposição pintura-suporte supõe: não somente como lugar da cor – assumida, plenamente, depois de anos de uma certa austeridade monocromática – mas também como o lugar do encontro de duas matérias as quais, normalmente, não se misturam. O papel é feito para receber bases aquosas; a tela destinada ao óleo.
Óleo sobre papel é, em principio, um casamento contra a natureza profunda, intrínseca, dos materiais. Se sobre a tela preparada o óleo fica contido, compelido a não se alastrar além da área que lhe confere o pincel, eis que no papel ele pode enfim camuflar fronteiras e correr livre. Stella Teixeira de Barros escreve a respeito dessa nova exposição de Villani no Gabinete: (...) As formas recortadas se sobrepõem a folhas de papel de velhas escrituras, de ordem jurídica na maioria, como indicam selos e outros indícios. Agregam a escrita - um recurso constante na obra de Villani - e interferem como linhas que se contrapõem à pureza das cores, com sentidos superpostos. Mas aqui pouco importa o significado primeiro, pois o que está em jogo é uma estratégia visual que abarca tanto signos como linhas, formas e cores, em permanente tensão. (...) Do mesmo modo, guardam, sob a aparente inocência do recorte quase infantil, sofisticadas estruturas espaciais, conservando ainda reminiscências latentes de pesquisas anteriores, relacionadas com o universo concreto e neoconcreto dos anos 1950-60. Ao enfatizar o equilíbrio precário das verticais e horizontais entremeadas pela sinuosidade de círculos e semicírculos dos segmentos de cores expandidas, Villani transforma as massas em entranhas vivas e iluminadas, em que os elementos não permitem prefixar qualquer distinção hierárquica. Não deixam de ser configurações metafóricas em permanente pulsão, que proclamam o conflito de nossa condição no mundo.
Principais exposições individuais
2007 • SESC Santo André, S.P. 2006 • Habitat center, New Delhi • 2005 SESC Araraquara, Sao Paulo • Maison de l’Amérique latine, Paris • Galerie 1900-2000, Paris • Centre d'art contemporain10neuf, Montbéliard • 2004Verso e reverso, Casa França-Brasil, Rio de Janeiro • Marcia Barrozo galeria de arte, Rio de Janeiro • Estudio Guanabara, Rio de Janeiro • 2002 CREDAC, Ivry-sur-Seine • Paço das Artes, Sao Paulo • Pinacoteca do Estado de Sao Paulo • 1999 Paço Imperial, Rio de Janeiro • Musée de Dieppe • 1998 Passage de Retz, Paris • Estudio Guanabara, Rio de Janeiro • Museu de arte, Ribeirão Preto • 1997 Musée de Beaux-Arts, Agen • Hopital Ephémère, Paris • 1992 Galerie Jacqueline Moussion, Paris • 1990 • La Base, Paris • Usine Ephémère, Paris • 1988 Galerie Laage-Salomon, Paris • Galerie Riverin Arlogos, Montréal • 1981 Flexor Gallery, Marilia.
Principais exposições coletivas
2007 • Galerie Sycomore, Paris, Projections Centre d'art contemporain 10neuf, Montbéliard • 2006 Passion et raison d'un esprit constructif, Biarritz • 2005 Amalgames brésiliens, Musée de l'oeuvre, Mantes-la-jolie • 2004 Don’t call it performance, Museo del Barrio, Nova York • 2003 Don’t call it performance, Centro de arte Reina Sofia, Madri • Paris photo, galerie 1900-2000 • 2001 L’art en toute liberté, Genebra • 2000 Continental shift, Fondation Ludwig, Aachem • Feira de Basileia, Galerie 1900-2000 • 1998 City canibal, Paço das artes, Biennale de Sao Paulo • Museu de Arte de Sao Paulo, Col. Gilberto Chateaubriand • 1999 Vivre Paris, Espace electra, Paris • 1997 Maison de l’Amerique Latine, Paris • 1996 24 Bienal de Pontevedera, Espanha • 1995 Maison d’Art Contemporain Chaillioux, Fresnes • 1994 Eles desenham como pintam, MAM, Rio de Janeiro et MAM, Salvador • 1993 Interventions sur collection, Musée de l’Assistance Publique, Paris • 1991 Hôpital Ephémère, Paris • Galerie 1900-2000, Paris • 1989 Galerie Riverin-Arlogos, Montréal • Galerie 1900-2000, Paris • Les Ateliers, Usine Ephémère, Paris • 1988 CREDAC, Ivry-sur-Seine • 33ème Salon de Montrouge • Modernidade, Museu de arte moderna, São Paulo • 1987 Galerie Laage-Salomon, Paris • Modernidade, Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris • 1986 Maestro e giovenni, Institut italo-américain, Rome • 1984 Projet Out-Door, Museu de arte contemporânea, São Paulo •1983 Espace latino-américain, Paris • 1980 Desenhos jovens, Museu de arte contemporânea, São Paulo • 1977 Linguajaratual, Universidade de São Paulo • 1976 Museu da Imagem e do Som, São Paulo
Gabinete de Arte Raquel Arnaud ● Rua Artur Azevedo, 401 ● CEP 05404-010 ● São Paulo ● SP - Fone: 11 3083 6322 ● www.raquelarnaud.com
Abertura para o público dia 14/12, às 10h.
Segunda a sexta-feira, das 10h às 19h; sábado, das 12h às 16h.
Informações para a imprensa
Canal Aberto – 11 6914 0770/ 9126 0425 – Márcia Marques
www.canalaberto.com.br
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment