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Friday, December 28, 2007

Cláudia Muzio - A Divina


Aclamada do Metropolitan ao Teatro Colón. Do Covent Garden ao Chicago Ópera Company. Sua voz é a mais perfeita coordenação entre som e respiração dando beleza infinita vocal.

O mundo e acrítica se tornaram admiradores da arte e do talento da soprano Cláudia Muzio dona de extraordinário estilo e sensibilidade de conduzir sua voz, um tom colorido e fora do comum. Sua voz a tornararia uma das maiores divas de seu tempo. Cládudia nasceu em Pávia, Itália, em 7 de fevereiro de 1889, filha de Carlo Muzio um assistente de palco do Convent Garden - Londres, e do Metropolitan Ópera House - Nova Iorque, onde trabalhou com Maurice Gau. A primeira instrução musical de Cláudia foi em piano e arpa, com Madama Casalonni, em Milão. Mas sua voz foi logo notada e sua professora de piano foi a primeira a incentivá-la mudar para o bel canto. Em 1912, aos 22 anos, fez seu debut na ópera, em Arezzo - Itália - em Manon Lescaut, de Puccini, com regência de Arturo Toscanini. Seu sucesso foi imediato. O teatro quase veio literalmente abaixo. Ela teve de voltar por 4 vezes ao palco para agradecer. Também, imediato foram os convites de produtores e casas de óperas italianas querendo apresentações da diva . No ano de 1913 ela se apresentou em Turim, Itália - na ópera de Wagner Die Walkures[As Walkírias], onde mostrou toda sua versatilidade. A partir daí sua carreira internacional estaria começando, pois fora convidada a cantar no Covent Garden por duas temporadas. Quando interpretou Desdemona [Otello],de Verdi, foi aclamada como a mais promissora artista do ano. Já o seu debut no Metropolitan Ópera House se deu em dezembro de 1916, em Tosca, de Puccini. No elenco de apoio Caruso, Scotti. Resultado, foi aclamada pelo público e imprensa. Foi considerada como a melhor contratação depois de Lucrezia Bori. Lá ela interpretou Santuza, Cavalaria Rusticana - Magdalena, em Giordano - de Andrea Chènier, Aida, Tatiana em Eugen Onegin, entre outros. Entre 1922 e 23 ela deixou o Metropolitan pelo Chicago Ópera Company, onde por dez anos cantou óperas de autores italianos. Sempre com teatro lotado, sucesso absoluto.

Bom gosto argentino

Na mais tradicional casa de ópera da América Latina, Teatro Colón - Buenos Aires - Argentina, onde realizou uma das melhores interpretações de Loreley - Giovanni Martinelli[tenor do Metropolitan], ao lado de Ezio Pinza [baixo]e valeu-lhe um "Divine Cláudia". Laurie-Volpi, fala em suas memórias sobre a apresentação de Cláudia em Tosca, 1930. "É inesquecível. Ninguém chegou perto do que ela fez. Era uma voz feita de lágrimas, canto e retornava como fogo interior". Sua última aparição no Metropolitan aconteceu em 1934, onde cantou partes de Violeta, de La Traviata - e Santuza - Cavalaria Rusticana. Sendo na primeira apresentação ela impôs um ar dramática incomparável e humanamente impossível até os dias de hoje. Ninguém superou sua performance na ária Adio del Passato. Também era moderna para seu tempo. Aceitou sair do palco para produzir a ópera "Tosca", mas foi apenas um desafio de uma universidade que convidava astros a deixar o palco por um momento. Cláudia foi a maior encarnação da soprano do bel canto que a Itália teve em todos os tempos. Na primavera de 1936, ela retorna à Roma e tem um diagnóstico desfavorável; seu coração estaria parando. No dia 24 de maio de 1936 morreria a "Divine Cláudia". Portanto, todas as palavras sobre ela são verdadeiras e poucas para definí-la.

Em seu disco Muzio Operatic Recital {ML 4404 - Columbia Masterworks}, sua voz encontra-se fenomenal. Ela canta La Traviata, La Bohème, Norma, La Sonambula, La Forza del Destino, Andrea Chènier, Mefistofelis, L'Arlesiana, e faz duetos com Francisco merli, em Otello. A Orquestra acampanhante é conduzida por Lorenzo Malajoli.

Já o disco The Duse of Song { ES 502 - Esoteric Records}, pode-se apreciar sua maravilhosa voz em Madame Buterfly, Madame Sans-Gene, Tosca, Il Trovatore e Il Pagliacci, que ela canta em dueto com Mário Laurenti. O disco é um apanhado de suas performance na América. Vale ressaltar que, na década de 90 surgiram LP's coloridos, e foi um assombro aqui no Brasil. Pois este Long Play "The Duse of Song" é vermelho transparente e data de 1950. [Francisco Martins /Fausto Visconde]

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