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Wednesday, July 05, 2006

Memória Cultural, Dom Pedro II


Em 12 de janeiro de 1861, Dom Pedro II assinava o decreto 2723 criando a Caixa Econômica e o Monte de Socorro da Corte(Penhor). 


O documento de duas folhas manuscritas, assinado pelo Imperador e pelo Ministro Ângelo Muniz da Silva Ferraz definia as regras básicas para o funcionamento da nova Instituição e foi, também, o seu primeiro regulamento. Para iniciar suas atividades a Caixa Econômica e Monte de Socorro da Corte necessitava de um capital inicial (ou lastro) de trinta contos de réis, conforme item 2 do Decreto 2723. Após conseguir esse montante, a Empresa abriu suas portas do dia 04 de novembro de 1861, no prédio da Cadeia Velha (Palácio Tiradentes), na cidade do Rio de Janeiro, sob a presidência do Visconde de Albuquerque.

O Monte de Socorro (inspirado nos Monte Pios ou Montes de Piedade europeus) representou uma tábua de salvação para as classes mais humildes da população do Rio de Janeiro, que não tinham acesso a estabelecimentos bancários, principalmente para contrair empréstimos. Os empréstimos eram tomados com garantia de jóias e objetos, com juros e prazos aceitáveis para pagamento. A caderneta de poupança também representou uma importante conquista, pois até os escravos podiam poupar suas economias para comprar a Carta de Alforria. Em 18 de abril de 1874, D.Pedro II assinou o Decreto 5594, autorizando a instalação de Caixas Econômicas e Montes de Socorro nas Províncias do Império. A primeira Caixa Provincial foi a de São Paulo, instalada no dia 25 de janeiro de 1875.

Desde o início da década de oitenta, com a criação do Conjunto Cultural de Brasília, a Caixa vem desenvolvendo um trabalho de preservação de sua memória, recuperando e divulgando seu acervo histórico. São mais de vinte e cinco anos de um trabalho minucioso e dedicado, onde essas histórias são contadas e vivenciadas no Museu da CAIXA, que possui um grande número de obras e documentos que retratam a história do Brasil. O acervo possui mais de mil obras, entre pinturas, gravuras, desenhos, tapeçarias, esculturas e painéis; e cerca de seis mil peças antigas relacionadas à trajetória da Empresa e do próprio país, parte delas, expostas nos museus de Curitiba, Salvador e São Paulo. Nesses espaços, o público pode apreciar, por exemplo, os relatos de escravos que depositavam seus recursos na CAIXA Econômica e Monte Socorro, com o objetivo de comprarem a carta de alforria. Além de diversas peças relacionadas à extração do ouro e às Loterias, documentos históricos e mobiliários da época, entre outros.

Partindo de Brasília, outras sedes do Conjunto Cultural foram sendo criadas em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Salvador e Curitiba. Atualmente, os museus abertos à visitação pública é o do Conjunto Cultural em São Paulo, à Praça da Sé, nº111, 4º andar, em Curitiba, Rua José Loureiro, 195, 6º andar, Centro, e em Salvador, existe um mini museu chamado de Sala de Memória, Rua Carlos Gomes nº57, Centro. Para as outras cidades-sede já existe um projeto, em andamento, para implantação de Museus.

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