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Thursday, July 27, 2006

Diários da Floresta, de Betty Mindlin


Diários da floresta é o conjunto das anotações de campo das seis primeiras viagens da antropóloga Betty Mindlin ao povo Suruí Paiter de Rondônia, entre 1979 e 1983. Ela teve o privilégio de conviver com esses índios nos primeiros anos de contato, pois foi em 1969 que fizeram a paz com o indigenista Apoena Meirelles, embora ainda levassem mais alguns anos para estabelecer uma relação permanente com a Funai. 


Eram agricultores e caçadores, habituados a conflitos com inimigos, conhecedores da floresta, pouco influenciados pela sociedade industrial que avançava sobre eles. Sua forma de vida deslumbrou a autora. Os diários relatam as descobertas cotidianas, a análise da economia e da organização social, do parentesco, dos rituais, do amor e da guerra, procuram desvendar outro modo de ser. 

Os diários de Betty Mindlin foram retrabalhados e editados, reduzidos a uma dimensão muito menor que a original, para, segundo ela, “não abusar da paciência dos leitores”. Os relatos da época são entremeados de comentários atuais sobre o que se passava então e sobre a situação dos índios. A pesquisa que registram deu origem a uma tese de doutorado, publicada em forma de livro, Nós Paiter. Mas não estão escritos como um estudo sistemático e exaustivo, embora baseados em uma observação aguçada e informada pelas ciências sociais.

Sobre a autora

Betty Mindlin trabalha há muitos anos em projetos de pesquisa e apoio a povos indígenas da Amazônia. Economista e antropóloga, publicou seis livros de mitos em co-autoria com narradores indígenas, entre os quais Moqueca de maridos (Rosa dos Tempos/Record, 1997) e Couro dos Espíritos (Senac/Terceiro Nome, 2001).


O livro 
248 páginas, R$ 38,00
Editora Terceiro Nome 
fone 11 5093 8216
www.terceironome.com.br

Fonte:
Felipe Gil - Assessor de Imprensa
(felipegil@terceironome.com.br)
Fone: 11 5093 8216, skype: felipe-gil

Wednesday, July 26, 2006

São Paulo antiga: 452 anos



CIDADE DE SÃO PAULO: 452 ANOS DE DOCES MEMÓRIAS


"A POPULAÇÃO DESCONFIAVA DE QUE AS LUZES PODERIAM CAUSAR MAL À VISTA. COM MEDO DE INCÊNDIOS, E PARA VEREM AS ESTRELAS, ENCAMINHAVAM MILHARES DE CARTAS À LIGHT SOLICITANDO O DESLIGAMENTO DOS POSTES À NOITE".


O ano de 2004 foi todo dedicado às comemorações dos 450 anos da cidade de São Paulo. Pipocavam comemorações em todas regiões. O tempo não pára. E já estamos comemorando o 451º aniversário da capital paulista e, nada melhor que um pequeno passeio por seu passado. A célula-mãe da grande metrópole teve início no Pátio do Colégio em 1554, onde os jesuítas ergueram as paredes de pau-a-pique da primeira igreja e colégio de São Paulo de Piratininga, que fora construída no final do século XVII, e demolida em 1897 após o desabamento de seu telhado. Renasceu tal como era para preservar a imagem do berço da cidade que, de um simples vilarejo, tornaria-se a 4ª maior cidade do mundo. Porém, não é essa colossal metrópole que inspira saudosos moradores de décadas passadas que cantam-na em prosas e versos. 

Suas lembranças são valiosas fontes de freqüentes escritos sobre à cidade que até os anos 1800 era ainda um pouco a cidade dos jesuítas e da vila dos bandeirantes. Em 1880, com dois quilômetros quadrados de espaço urbanizados, atinge o porte de uma cidade média: 40 mil habitantes. Vinte anos depois, no limiar do século XX, 240 mil pessoas vivem na quase metrópole, onde já começa-se registrar os primeiros acidentes de trânsito. As formas de casar e constituir família, também de descasar, os padrões de escolha do cônjuge, a corte amorosa, os agenciadores, o dote, o processo nupcial, criação dos filhos, as dificuldades de convívio, as práticas sexuais, a violência doméstica, tudo passariam por profundas mudanças.

A TRANSFORMAÇÃO

No início de 1900, a cidade mantinha ruas estreitas, e a maioria iluminadas a gás e cortada por pequenos bondes a burro. São Paulo foi assim até 7 de maio de 1900, quando o primeiro bonde elétrico partiu do largo de São Bento até a Barão de Limeira e causou espanto na multidão que foi vê-lo passar. Depois desse dia, a cidade nunca mais foi a mesma: os bondes aumentaram o seu tamanho, a energia elétrica iluminou o resto das ruas, agilizou a indústria e criou novos hábitos na população. Toda essa transformação na fisionomia de São Paulo, que foi se dando ao longo destes anos contenta muitos, e desagrada outros. A luz elétrica trouxe consigo a desnaturalização do tempo, eliminando a diferença entre o dia e a noite. 

Muitos confundiam -se. São Paulo era uma cidade que se recolhia cedo para escapar do escuro. Mas a partir de 1900 começou a conhecer a vida noturna com os bares e cabarés, numa boêmia diferente dos antigos saraus de poesias nas casas das moças. De fato, antes de a luz elétrica chegar a São Paulo, foi preciso convencer muita gente de que as lampadas não faziam mal à vista nem ofereciam perigo de incêndio nas casas. Quando a Light instalou a iluminação pública no centro, chegou a receber milhares de cartas pedindo para que desligasse os postes durante a madrugada, para que as pessoas pudessem ver as estrelas. Em 1901- a cidade consumia 7.500 KW diários de energia elétrica. 

E em 1903 tinha entre cinemas e casas de diversões um total de 46, e 30 lojas que vendiam gramofones. Apesar do aparente progresso, a cidade era frágil, seus habitantes idem pois não passaram por doenças, mesmo sendo uma cidade deficitária em saneamento básico. Foi no período de 15 de outubro a 19 de dezembro que a cidade mostrou toda fragilidade quanto seu sistema de saúde. Foi tomada por uma epidêmia de influenza que ficou conhecida como gripe espanhola; atingiu mais de 350 mil pessoas, um terço da população. Foram 66 dias onde a doença e a morte revelaram-se novas facetas de uma cidade que busca ajustar sua vida nos quadros da modernidade.

ICONOGRAFIA DO CENTRO

Ladeira da Memória:

entrada estratégica da cidade, servia de paradas de tropeiros para dar água aos cavalos. Localizado no centro, este é o mais antigo monumento, o Obelisco do Piques, como era chamado em 1814. Por ocasião do Centenário da Independência, em 1922, o local foi reurbanizado pelo arquiteto Victor Dubugras, ganhou estilo art nouveau, com escadas em granito. Até o ano de 1919, ou 20, ao redor da ladeira ainda existiam muitas casas. Atualmente, o obelisco encontra-se em estado de pré-abandono.



Praça João Mendes:


São várias as denominações desta praça dentre elas: Pátio de São Gonçalo, Largo da Cadeia, Largo do Tesouro, Largo do Teatro e Largo Municipal. Mas tudo indica que a mais antiga é a de São Gonçalo, dada a existência do templo que data de 1757. No ano de 1784, fora erguída uma construção para funcionamento do Paço Municipal e da cadeia, daí os outros nomes. Ali fora inaugurado oTeatro São José, em 4 de setembro de 1864, mas um grande incêndio o destruiu, e, com o ocorrido, o local passaou-se a chamar Largo do Teatro. Lá permanecia localizado um grande sobrado que pertencia ao jurisconsulto e abolicionista, Dr. João Mendes de Almeida, que justamente empresta seu nome à praça.

Convento de São Francisco:


A 17 de setembro de 1647, em terreno doado pela Câmara da Vila de São Paulo, foi inaugurado o convento de São Francisco, da ordem dos frades menores. Em 1683 decidiu-se pela demolição da pequena igreja e a construção de uma maior, reinaugurada como Imaculada Conceição. Com paredes em taipas, a igreja vem resistindo à ação do tempo e da poluição do centro da cidade. Ao visitá-la nota-se a imediata beleza de seus altares e painéis todos folheados a ouro 23 quilates. No altar da capela da Imaculada Conceição está até hoje os retábulos [painéis] originais, provavelmente de Luiz Rodrigues Lisboa, que data de 1740, e é uma das mais importantes obras do renascimento barroco religioso brasileiro. O jazigo da igreja é uma sala bem visitada, com 24 túmulos, sendo que um deles contém os restos mortais do brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, que pertenceu à ordem. 


Estação e Jardim da Luz:


A Estação da Luz foi inteiramente trazida da Inglaterra e montada peça por peça, e próxima ao bairro nobre dos Campos Elíseos, o primeiro bairro da cidade onde foram morar as famílias de grandes posses. O jardim com suas lâmpadas de arco e seu paisagismo francês, era um bucólico pedaço de mundo onde passeavam cavalheiros de polainas e senhoras vestidas da cabeça aos pés por grifes de Paris. Em 25 de janeiro de 2004, o governador Geraldo Alckmin, reinaugurou a velha estação após passar por reformas internas e externas.

Largo do Paissandu:

Com três denominações, Praça das Alagoas, Tanque do Zuniga, 1841-, e em 1868, já na planta de Carlos Rath, figura como Largo do Paisandu. Estabelecimentos tradicionais como o restaurante Carlino - 1881- 2002 -, a Padaria Central, e o atelier de coletes das irmãs Russo davam ares importantes ao largo. Mas, talvez tenha sido o Rinque de patinação, mais tarde transformado em Moulin Rouge-, que tenha representado algo de mais importante para essa região. Seu estilo café-concerto era inspirado nos cafés parisienses. Um dos personagens mais conhecidos, Garibaldi, um italiano de longas barbas, paciente e amigo de todos, transportava em seu táxi os freqüentadores noturnos da boêmia paulistana, principalmente, os bêbados e os "casais" formados em momentos. Com suas bancas de flaores, cinemas, restaurantes da moda, o paissandu reafirmava ser ponto de encontro obrigatório. Nenhum lugar gerava tanto burburinho e circulação intensa. Portanto, pessoas e veículos, deram desde o século 19 um sentido a este Largo. Tanto que o poeta-escritor Mário de Andrade, em seu poema-testamento, cita-o como local escolhido para enterrar a parte mais enigmática de seu corpo.



Avenida São João:


Descida do Açu, Rua do Zuniga, Rua do Tanque do Zuniga, a São João, naquela
época já era uma artéria movimentada que ligava o centro aos Campos Elíseos, e a rua São Bento e 15 de Novembro, as mais badaladas misturava o barulho do bonde ao das confeitarias finas. A vida moderna tinha chegado para ficar. A verdadeira vocação à metrópole é algo que vem de berço. A cidade que não pára de crescer, nos faz acreditar que a cada momento, em qualquer ponto da cidade, parece que todos acabamos de chegar. A São João foi o celeiro da boêmia paulistana; cinemas, boates e bares etc. A avenida é uma via de importância ímpar desde os primórdios da cidade.

Rua São Bento:

A São Paulo de 1900 marcou pela elegância, os bondinhos e suas casas comerciais que tornariam-se tradicionais. Os barões do café habitavam à região, e suas esposas freqüentavam a antiga rua do Príncipe - atual XV de novembro, Direita e a própria São Bento. Boutiques, confeitarias e o Mappin Store eram os locais preferidos dos grã-finos. A rua que já se chamou Martin Afonso, teve como morador ilustre Amador Bueno da Veiga, provedor da capitânia e aclamado rei dos Paulistas.

O Edifício Martinelli:

Quando desembarcou no porto de Santos, em 1889, o imigrante Giuseppe Martinelli trazia, para iniciar uma das maiores fortunas do Brasil na República Velha, um diploma de Belas-Artes e a pratica comerciante, prática que a usou para ficar rico - dono de bancos, estaleiros, companhia de navegação, construtora, minas de carvão e ferro e salinas. O primeiro arranha-céu da cidade , o Martinelli, foi construído na década de 20 - 1925 e 1929, com dois mil metros quadrados, na esquina da avenida São João com a São Bento, e a seu tempo o maior edifício da América Latina. O prédio tem 26 andares normais, e mais três no terraço - chamados de "casa do comendador", e um subsolo e um total de 48.438,41 m2 de área construída em alvenaria de tijolos sobre estrutura de concreto. Para construir o prédio foram utilizados materiais importados, como mármore de Carrara e o cimento rosado da Suécia. Martinelli cuidou desde o traçado original à fiscalização da obra. De ponto sofisticado nos anos 30, entrou em decadência no início dos anos 50 e transformou-se em cortiço. Em 1977 e 79 foi restaurado.



Avenida Paulista:


Uma via aristocrática dos barões do café, do comércio e da indústria, cheia de mansões de estilos diversos e com um "ar puro de montanha" - 900 metros de altitude. Antes de ser a Avenida Paulista, fora uma trilha de boiadeiros e Rua da Real Grandeza. Os terrenos onde fica a avenida foram adqüiridos em 1890 pelo engenheiro uruguaio Joaquim Eugênio de Lima, para um empreendimento imobiliário. Foi por iniciativa do engenheiro Eugênio de Lima que nasceu em 8 de dezembro de 1891 a mais importante via pública da cidade. Em 1916, era um boulevard admirado pelos visitantes. Manifestaçãoes como o corso - princípio do carnaval paulistano-, corrida de automóveis realazavam-se lá. Atualmente, greves, parada gay, e a passagem de ano novo tem a avenida como palco. Porém, até 1940, predominavam mansões de ricos negociante, imigrantes e fazendeiros de café. Apenas a Casa das Rosas [1935] e a Escola Rodrigues Alves - 1919, e o Instituto Pasteur de 1903 permanecem. O nome da avenida foi uma justa homenagem aos nativos e os que aqui residem. Em constante mutação, sua história é inspirada em grandes avenidas européias.

Viaduto do Chá:

O primeiro Viaduto do Chá foi construído pelo litógrafo franco-brasileiro Jules Martin, dono de oficina na Rua São Bento. A construção ligava o centro - o morro do Chá -, aos outros bairros, e foi Aprovada em 1877. Logo surgiram as primeiras dificuldades, a proprietária discordava da demolição inteira ou parcial do sobrado que possuia na Rua Nova de São José, atual Líbero Badaró. As obras iniciaram-se apenas em 1888 -devido demanda judicial-, e fora comemorada com uma grande festa. Ali localiza-se o solar da baronesa de Tatuí, que de tão grande, suas paredes confrontavam com a ladeira do Açu, Rua Formosa, e para o atalho que hoje chama-se Rua Direita. Somente em 1889 tornara-se possível construir o viaduto que fora inaugurado, no dia 6 de dezembro de 1892, pelo governador Bernardino de Campos. No piso, largas tábuas de pinho do Paraná. A parte metálica veio toda da França. Com enorme vocação para cobranças de taxas, logo criaram uma para quem quisesse atravessar o viaduto teria de pagar 60 réis. Somente com a construção do Teatro Municipal, na década de 20, a cobrança do pedágio foi extinta. Duas vêzes remodelado, e, entre todos os viadutos paulistanos, é ele o que mais se identifica com a história da cidade.

Barão de Itapetininga:

A baronesa de Tatuí casara-se com um cadete conhecido pelo nome de cadete Santos, Jooaquim José dos Santos-, ele então grande proprietário, capitalista, e o verdadeiro dono de todo aquele pedaço de São Paulo. Toda colina do Chá era dele. Como conseguiu as terras ninguém sabe. O que se sabe é que no ano de 1864 acabou sendo agraciado pelo Imperador com o título de Barão de Itapetininga. Depois da renhida demanda, acabaram invadindo a chácara do cadete, afim de que lá fosse construído um inadiável melhoramento. Daí o nome da rua.



Teatro Municipal: O prédio mais suntuoso da cidade, o Teatro Municipal foi inaugurado em 12 de setembro 1911, uma terça-feira com a representação da Ópera 'Hamlet' pela companhia de Tita Rufo. A Comissão Construtora, sob direção de Francisco Ramos de Azevedo, 1851-1928-, e os irmãos cenógrafos Cláudio e Domiciano Rossi. O teatro passou por várias reformas, teve toda acústica e sistema elétrico trocados em 1952. O terreno pertencia ao coronel Antônio Proost Rodovalho, e fora desapropriado por 694 contos de réis. [Francisco Martins / Fausto Visconde]

Tuesday, July 25, 2006

Livro - Lançamento


O Museu da Casa Brasileira e a Infolio Editorial lançam no dia 1º de agosto o livro "Tide Hellmeister, inquieta colagem", com cerca de 200 trabalhos deste mestre da colagem, um dos mais importantes artistas gráficos brasileiros. O evento constará de um debate entre as 18h e 19h30, seguido dos autógrafos. O livro traz trabalhos dos últimos anos, que Tide Hellmeister realizou no seu refúgio em Salto, interior de São Paulo,onde construiu sua casa e estúdio, embora tenha um escritório na capital.

"Sinto uma inquietação constante sobre o meu trabalho e essa minha inquietação é sobre o universo da impressão, da tipografia, das colagens, da pintura sobre acrílico", conta ele. "O que eu gosto mesmo é de trabalhar com as mãos".


O autor


Paulistano nascido em 1942 na rua Tupi, no bairro do Pacaembu, Tide é apaixonado desde criança por letras e colagem. Ele se orgulha de ser um autodidata que começou a trabalhar aos 17 anos na TV Excelsior, onde foi ajudante do cenógrafo Cyro Del Nero. São 46 anos de paixão pelo grafismo, tipografia e caligrafia. Parte deste tempo, cerca de três décadas, trabalhou em redações de grandes jornais e revistas
brasileiras. Durante sete anos, ilustrou a coluna de Paulo Francis nos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo.

Fonte: Letânia Menezes/Silvana Santana
menezescom@uol.com.br
Menezes Comunicação
Tel. 11 3815-1243
3815-0381 9983-5946

Museu da Casa Brasileira
Av Faria Lima, 2705 - Jardins

Saturday, July 22, 2006

"Rumos Artes Visuais"

A mostra "Rumos Artes Visuais" apresenta trabalhos de artistas de catorze estados brasileioros. Visuais 2005-2006 - Paradoxos Brasil" está na Rio de Janeiro desde o dia 15 de junho, depois de temporada de dois meses em SP. Todos os trabalhos selecionados na terceira edição do programa "Rumos Artes Visuais", em que um grupo curatorial - que conta inclusive com a curadora geral da 27ª Bienal de Arte de São Paulo, Lisette Lagnado - viaja o país pesquisando a produção artística atual. Dos 1.342 trabalhos inscritos na pré-seleção em 2005, 78 artistas tiveram suas obras escolhidas, sendo o mais novo o menino Gabriel, de 14 anos, que vive em Marabá, no Pará. No Paço Imperial, a exposição reúne os 143 trabalhos selecionados, dentre instalações, performances, pinturas, esculturas, desenhos, fotografias, som e vídeo.
[Leia mais sobre artes na Revista Formas&Meios www.formasemeios.blogs.sapo.pt
Rumos Artes Visuais 2005-2006
QUANDO - terça a domingo,
das 12h às 18h (de 15/6 a 6/8)
ONDE - Paço Imperial
(Praça XV de Novembro, 48, Centro)
Informações: (21) 2533-4407.
QUANTO - entrada franca

Thursday, July 20, 2006

MuBE


Museu Brasileiro da Escultura


O espaço foi projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha e tem jardins de Burle Marx que já valem a visita. O Museu Brasileiro de Escultura (MuBE) existe desde 1995, quando foi inaugurado com uma mostra de 140 peças de Victor Brecheret. 

O MuBE, diferente da maioria dos museus, não tem acervo fixo, mas destaca mostras itinerantes com grandes nomes da arte de vanguarda. Já passaram por lá obras de Cândido Portinari e outros modernistas, Max Ernst, César e Bernar Venet. O lugar ainda tem feira de antiguidades aos domingos e ateliê de artes para crianças.

[Leia mais sobre museus em www.formasemeios.blogs.sapo.pt] Rua Alemanha, 221
Jardim Europa - Zona Sul - 3081-8611

Maison Chocolatier - Exposição


Exposição traz esculturas, roupas e jóias feitas com chocolate


Em cartaz no Museu Brasileiro de Escultura até 30 de julho, a mostra Maison Chocolatier - Uma Exposição de Dar Água na Boca reúne trabalhos de trinta alunos do MuBE que participam do 1º Concurso de Escultura e Pintura em Chocolate. Juntos, os participantes gastaram 120 quilos do alimento. A exposição conta com roupas, jóias e até uma escultura em tamanho natural do ator Johnny Deep, em homenagem aos filmes Fantástica Fábrica de Chocolate, Edward Mãos de Tesoura e Piratas do Caribe.

SERVIÇO

Local: MuBE - Rua Alemanha, 221 Jardim Europa
Preço(s): R$ 10,00.
Data(s): 20 de julho a 30 de julho.
Horário(s): diariamente, das 12h às 23h.

Saturday, July 15, 2006

400 anos de Rembrandt



Desde dezembro que em Leyde, sua cidade natal, teve inicio a um ano de 2006 recheado de comemorações em toda Europa por ocasião do 400° aniversário de nascimento de Rembrandt.


HOLANDA - AMSTERDÃ [AgênciaFM] - A rainha Beatrix foi encarregada de inaugurar, na cidade natal do mestre do século XVII, no oeste da Holanda. A exposição "A Mãe de Rembrandt, Mito e Realidade", que inclui as obras em que ele imortalizou seus parentes. A idéia mais conhecida é a de que Rembrandt era um naturalista que buscava inspiração em sua família. Nessa exposição, nos perguntamos se isso era verdade. A cidade onde Rembrandt nasceu, em 1606, e viveu até 1631 irá competir com Amsterdã - residênca do pintor até 1669 - em número de exposições e eventos organizados em 2006 sobre a vida e obra do mestre da pintura. Amsterdã e seus museus de fama internacional lideram as homenagens ao pintor. "Foi em Leyde que Rembrandt descobriu o uso da luz, mas foi em Amsterdã que ele mostrou plenamente seu talento.

Confronto artístico

Rembrandthuis (Casa de Rembrandt), em Amsterdã, inaugurou uma exposição que ilustra a influência do pintor holandês sobre os mestres da gravura na Grã-Bretanha. O Rijksmuseum dará continuidade às celebrações em janeiro de 2006, com a exposição Todos os Rembrandt, em que mostrará pela primeira vez todas as obras do pintor de sua coleção permanente. A obra central da mostra será "Ronda Noturna", pintada em 1642, que estará acompanhada de alguns dos melhores auto-retratos do artista. 

O museu também irá apresentar "Maestros", que reúne, entre outras, pinturas de contemporâneos de Rembrandt, como Jan Steen, Frans Hals e Vermeer. De 24 de fevereiro a 18 de junho, o Rijksmuseum se unirá ao Museu Van Gogh para organizar uma exposição que classificam de "confronto artístico" entre o protagonista da homenagem e o colega italiano, Caravaggio, e exibirá 25 obras-primas de ambos os artistas. 

Michelangelo Merisi de Caravaggio (1571-1610) morreu quatro anos depois de Rembrandt, sem conhecer o mestre holandês. Mas ambos são gigantes do Barroco, um no sul e o outro no norte da Europa, respectivamente. A Casa de Rembrandt apresentará, de 8 de julho a 3 de setembro, outra exposição sobre as experiências do pintor em gravura. De setembro a dezembro 2006, o Museu Bíblico de Amsterdã exibirá suas tradicionais pinturas de cenas bíblicas. [Francisco Martins]
Mais informações: www.rembrandt400.nl.

Friday, July 07, 2006

Coleção de Chateuabriand na Pinacoteca SP


Preciosidades da coleção de Gilberto Chateaubriand são expostas em SP

A partir deste sábado (8), a Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta 170 obras de arte da maravilhosa coleção de Gilberto Chateaubriand, diplomata que já chegou a possuir 7.000 peças, tendo doado parte delas ao Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. "Urutu" (1928), de Tarsila do Amaral, e "Moças com violões" (1937), de Di Cavalcanti, além de "Paisagem de Itapuã", de José Pancetti e "japonêsa" de Anita Malfati são algumas das obras que estarão à mostra até o dia 13 de agosto.

O QUE?
Coleção Gilberto Chateaubriand - Um Século de Arte Brasileira
QUANDO - terça a domingo, das 10h às 18h (de 8/7 a 13/8)
ONDE - Pinacoteca do Estado (Praça da Luz, 2 - Metrô Luz).
Informações: (11) 3229-9844
QUANTO - R$ 4; grátis aos sábados

Wednesday, July 05, 2006

Memória Cultural, Dom Pedro II


Em 12 de janeiro de 1861, Dom Pedro II assinava o decreto 2723 criando a Caixa Econômica e o Monte de Socorro da Corte(Penhor). 


O documento de duas folhas manuscritas, assinado pelo Imperador e pelo Ministro Ângelo Muniz da Silva Ferraz definia as regras básicas para o funcionamento da nova Instituição e foi, também, o seu primeiro regulamento. Para iniciar suas atividades a Caixa Econômica e Monte de Socorro da Corte necessitava de um capital inicial (ou lastro) de trinta contos de réis, conforme item 2 do Decreto 2723. Após conseguir esse montante, a Empresa abriu suas portas do dia 04 de novembro de 1861, no prédio da Cadeia Velha (Palácio Tiradentes), na cidade do Rio de Janeiro, sob a presidência do Visconde de Albuquerque.

O Monte de Socorro (inspirado nos Monte Pios ou Montes de Piedade europeus) representou uma tábua de salvação para as classes mais humildes da população do Rio de Janeiro, que não tinham acesso a estabelecimentos bancários, principalmente para contrair empréstimos. Os empréstimos eram tomados com garantia de jóias e objetos, com juros e prazos aceitáveis para pagamento. A caderneta de poupança também representou uma importante conquista, pois até os escravos podiam poupar suas economias para comprar a Carta de Alforria. Em 18 de abril de 1874, D.Pedro II assinou o Decreto 5594, autorizando a instalação de Caixas Econômicas e Montes de Socorro nas Províncias do Império. A primeira Caixa Provincial foi a de São Paulo, instalada no dia 25 de janeiro de 1875.

Desde o início da década de oitenta, com a criação do Conjunto Cultural de Brasília, a Caixa vem desenvolvendo um trabalho de preservação de sua memória, recuperando e divulgando seu acervo histórico. São mais de vinte e cinco anos de um trabalho minucioso e dedicado, onde essas histórias são contadas e vivenciadas no Museu da CAIXA, que possui um grande número de obras e documentos que retratam a história do Brasil. O acervo possui mais de mil obras, entre pinturas, gravuras, desenhos, tapeçarias, esculturas e painéis; e cerca de seis mil peças antigas relacionadas à trajetória da Empresa e do próprio país, parte delas, expostas nos museus de Curitiba, Salvador e São Paulo. Nesses espaços, o público pode apreciar, por exemplo, os relatos de escravos que depositavam seus recursos na CAIXA Econômica e Monte Socorro, com o objetivo de comprarem a carta de alforria. Além de diversas peças relacionadas à extração do ouro e às Loterias, documentos históricos e mobiliários da época, entre outros.

Partindo de Brasília, outras sedes do Conjunto Cultural foram sendo criadas em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Salvador e Curitiba. Atualmente, os museus abertos à visitação pública é o do Conjunto Cultural em São Paulo, à Praça da Sé, nº111, 4º andar, em Curitiba, Rua José Loureiro, 195, 6º andar, Centro, e em Salvador, existe um mini museu chamado de Sala de Memória, Rua Carlos Gomes nº57, Centro. Para as outras cidades-sede já existe um projeto, em andamento, para implantação de Museus.

Origens do Senado no Mundo





Os Conselhos de Anciãos, presentes na Antigüidade oriental (após o ano 4000 a.C.), correspondem à semente do que, mais tarde, seria Senatus – a mais remota assembléia política da Roma antiga. Foi em Roma que o Senado se constituiu assembléia permanente, vindo a se tornar, especialmente na fase republicana (após 510 a. C.), a mais alta autoridade do Estado. Nesse período, o Senado romano assessorava e fiscalizava os cônsules – autoridades executivas máximas –, controlava o Judiciário, as finanças públicas, as questões religiosas e, sobretudo, dirigia a política externa, inclusive em seu componente militar – vital num momento de conquistas expansionistas.


A Semente Grega do Bicameralismo;
O Senado Romano

Por sua vez, a subdivisão em duas casas, sementes da divisão moderna de Senado e Câmara, ocorreu inicialmente em Atenas, quando a boulé – conselho deliberativo que elaborava as minutas para discussão e aprovação em praça pública, a ágora – já era composta por mais de quinhentos membros. Os representantes de ambas as casas eram eleitos por voto direto dos cidadãos livres do sexo masculino maiores de 30 anos. Esse sistema chegou ao apogeu entre os anos 400 e 300 a. C.

Os Parlamentos na Idade Moderna

Mais modernamente, os parlamentos surgidos nos séculos XVII e XVIII identificavam-se com as câmaras de nobres, tais como as Cortes existentes na Península Ibérica. Na Inglaterra, onde o bicameralismo remontava aos primórdios da Constituição, desenvolveu-se um tipo de parlamento que se tornou referência para o período. [Acima, Ágora, parlamento moderno, e à direita Cícero]

Tuesday, July 04, 2006

Centenário de Mário Quintana



Mário de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete (RS), em 30 de julho de 1906, sendo o quarto filho de Celso de Oliveira Quintana, um farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana.



Aos 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do Povo. Porém, em 1914 inicia seus estudos na Escola Elementar Mista de Dona Mimi Contino. Em 1915, ainda na cidade de Alegrete, freqüentou pela a escola do mestre português Antônio Cabral Beirão, onde conclui o curso primário. Nesse período trabalhou na farmácia da família. Foi matriculado no Colégio Militar de Porto Alegre, em regime de internato, no ano de 1919. Começa a produzir seus primeiros trabalhos, que são publicados na revista Hyloea, órgão da Sociedade Cívica e Literária dos alunos do Colégio. No ano de 1924, por motivo de saúde deixa o Colégio Militar e vai trabalhar na Livraria do Globo, onde trabalha por três meses com Mansueto Bernardi. Com o falecimento de sua mãe em 1925 e de seu pai em 1927, a revista Para Todos, do Rio de Janeiro, publica um poema de sua autoria, por iniciativa do cronista Álvaro Moreyra, diretor da citada publicação.

Mário Quintana e a Imprensa:

Em 1929, começa a trabalhar na redação do diário O Estado do Rio Grande. Vem, em 1930, por seis meses, para o Rio de Janeiro, entusiasmado com a revolução liderada por Getúlio Vargas, também gaúcho, como voluntário do Sétimo Batalhão de Caçadores de Porto Alegre. O ano de 1934 marca a primeira publicação de uma tradução de sua autoria: Palavras e Sangue, de Giovanni Papini. Começa a traduzir para a Editora Globo obras de diversos escritores estrangeiros: Fred Marsyat, Charles Morgan, Rosamond Lehman, Lin Yutang, Proust, Voltaire, Virginia Woolf, Papini, Maupassant, dentre outros. O poeta deu uma imensa colaboração para que obras como o denso Em Busca do Tempo Perdido, do francês Marcel Proust, fossem lidas pelos brasileiros que não dominavam a língua francesa. Em 1939, Monteiro Lobato lê doze quartetos de Quintana na revista lbirapuitan, de Alegrete, e escreve-lhe encomendando um livro. Com o título Espelho Mágico o livro vem a ser publicado em 1951, pela Editora Globo. A primeira edição de seu livro "A Rua dos Cataventos", é lançada em 1940 pela Editora Globo, e obtém ótima repercussão e seus sonetos passam a figurar em livros escolares e antologias. Noa no de 1948, lança "Sapato Florido", poesia e prosa. 

O seu quinto livro, O Aprendiz de Feiticeiro, versos, de 1950, é uma modesta plaquete que, no entanto, obtém grande repercussão nos meios literários. Depois seguiram-se "Espelho Mágico" uma coleção de quartetos, [1951]. Em 1962, sob o título Poesias, reúne em um só volume seus livros "A Rua dos Cataventos", Canções, Sapato Florido, espelho Mágico e O Aprendiz de Feiticeiro, tendo a primeira edição, pela Globo, sido patrocinada pela Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul. Com 60 poemas inéditos, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, é publicada sua Antologia Poética, em 1966, pela Editora do Autor - Rio de Janeiro. Lançada para comemorar seus 60 anos, em 25 de agosto o poeta é saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o seguinte poema, de sua autoria, em homenagem a Quintana. Em 1975 publicou o poema infanto-juvenil "Pé de Pilão" com extraordinária receptividade das crianças. Uma edição especial pela LPM, em 1976, lançou edição especial para distribuição aos clientes de empresas de publicidade e Propaganda.

Hiper-ativo

Quintana foi muito ativo até seus últimos dias: O álbum Quintana dos 8 aos 80 é publicado em 1985, fazendo parte do Relatório da Diretoria da empresa SAMRIG, com texto analítico e pesquisa de Tânia Franco Carvalhal, fotos de Liane Neves e ilustrações de Liana Timm. Ao completar 80 anos, em 1986, é publicada a coletânea 80 Anos de Poesia, organizada por Tânia Carvalhal, Editora Globo. Recebe o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS) e pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Lança Baú de Espantos, pela Editora Globo, uma reunião de 99 poemas inéditos. Porta Giratória, pela Editora Globo e em 1989 ocorre o lançamento de A Cor do Invisível pela Editora Globo - Rio de Janeiro. Recebe o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Campinas (UNICAMP) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros, entre escritores de todo o Brasil. "Velório sem Defunto", poemas inéditos, é lançado pela Mercado Aberto em 1990. Mário Quintana faleceu em Porto Alegre, no dia 5 de maio de 1994, próximo de seus 87 anos.

Homenagens aos 100 anos

Pensando Mario Quintana - Mostra dos alunos do colégio La Salle Santo Antonio em homenagem ao centenário de Mario Quintana, com trabalhos nas áreas de artes visuais e literatura. Entrada franca. Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736). Terças a sextas, das 9h às 21h, e sábados, domingos e feriados, das 12h às 21h. Oficina de Arte Sapato Florido – 5º andar. Até o dia 28 de junho
Relembrando Mario Quintana - Mostra bibliográfica de Mario Quintana, com trabalhos confeccionados pela artista Ana Nunes. Entrada franca. Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736). Terças a sextas, das 9h às 21h, e sábados, domingos e feriados, das 12h às 21h. Hall da Biblioteca Lucilia Minssen – 5º andar. Até o dia 30 de junho

Monday, July 03, 2006

Exposição sobre Dylan


A Atlas Gallery de Londres inicia nesta quarta-feira,5 de julho, uma mostra dedicada ao trabalho do fotógrafo e cineasta Jerry Schatzberg, que registrou algumas das imagens mais famosas de Bob Dylan.

 Ele fundou seu estúdio em meados dos anos 50, em Nova York, e começou a trabalhar para revistas como Vogue, Esquire e Cosmopolitan, se estabelecendo rapidamente como um dos mais influentes fotógrafos de moda. Ele ficou famoso, no entanto, por seus retratos de celebridades e ícones pop da época, como Dylan. Muitos consideram que seu trabalho expandiu os limites da fotografia. O fotógrafo capturou o cantor no que pode ser considerado o auge de sua criatividade, na metade da década de 60.

Livro

Schatzberg gostava de passar tempo ao lado de seus modelos, conhecendo-os a ponto de poder capturar o momento fugaz que revela algo de novo para o público. Versátil, ele ganhou a Palma de Ouro no festival de Cannes, em 1973, pelo filme Espantalho, com Gene Hackman e Al Pacino. Uma de suas fotos mais famosas apareceu na capa do lendário álbum Blonde on Blonde, lançado por Dylan em 1966. O livro Thin Wild Mercury: Touching Dylan's Edge, que traz as fotos de Dylan registradas por Schatzberg, foi lançado pela Genesis Publications.[Fonte: www.bbcbrasil.com.br