Samba de Roda do Recôncavo Baiano, no município de Santo Amaro, o grupo Samba de Roda Raízes de Acupe preserva a cultura nacional há cerca de 15 anos
A dança, a música e a poesia contam a história do Brasil colonial. As primeiras manifestações do Samba de Roda do Recôncavo Baiano, no estado da Bahia, são datadas do século dezessete e surgem na região pelas vozes de africanos escravizados. No círculo, os pés descalços de homens e mulheres acompanham o ritmo espontâneo de instrumentos como o cavaquinho, o pandeiro e o violão. Quem participa bate palmas para reforçar os versos das cantorias.
A manifestação cultural é herança cultural afro-brasileira, o samba de roda é transmitido de geração a geração. É o caso do grupo Samba de Roda Raízes de Acupe, no município de Santo Amaro, em atividade há quase 15 anos.
O Samba de Roda do Recôncavo Baiano foi registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como bem imaterial brasileiro em 2004. Um ano depois, foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Samba de Roda do Recôncavo Baiano
Seus primeiros registros, com esse nome e com muitas características que ainda hoje o identificam, datam dos anos 1860. Atualmente, reúne as tradições culturais transmitidas por africanos escravizados e seus descendentes, que incluem o culto aos orixás e caboclos, o jogo da capoeira e a chamada comida de azeite.
A herança negro-africana no samba de roda se mesclou de maneira singular a traços culturais trazidos pelos portugueses (principalmente viola e pandeiro) e à própria língua portuguesa nos elementos de suas formas poéticas. Pode ser realizado em associação com o calendário festivo – caso das festas da Boa Morte, em Cachoeira, em agosto; de São Cosme e Damião, em setembro; e de sambas ao final de rituais para caboclos em terreiros de candomblé. (AgênciaFM)
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