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Wednesday, September 19, 2018

Bispo do Rosário

Coleção de Bispo do Rosário é tombada pelo Iphan

Com uma vida repleta de mistérios, o sergipano Arthur Bispo do Rosário (1909-1989), diagnosticado como portador de esquizofrenia paranoide, ganhou destaque no universo da arte contemporânea sem querer. 
Reportagem de Francisco Martins publicada no
Jornal Novas Técnicas - SP 

Suas obras, produzidas sem o propósito de serem consideradas culturais, geraram debates sobre os limites entre a arte e a loucura. Nesta quarta-feira (19), seu acervo foi tombado como Patrimônio Cultural Material do Brasil pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. São 805 peças – entre elas estandartes, indumentárias, vitrines, fichários, móveis, objetos (recobertos com fio azul ou não) e vagões de espera – elaboradas em diversos materiais, como vidro, madeira, plástico, tecidos, linhas, botões, gesso e diversos itens recolhidos do lixo e da sucata. 

As obras mais famosas que compõem o acervo de Bispo do Rosário são as confeccionadas em tecido, como o Manto da Apresentação. Destacam-se também as faixas de misses e os fardões. Elas chamam a atenção pela maestria do artista no uso da agulha e linha. Os bordados trazem temáticas variadas, entre eles os navios, figuras recorrentes devido à sua relação com a Marinha durante a juventude.

A coleção Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea fica no Complexo Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira, situado à Estrada Rodrigues Caldas nº 3.400, Edifício Sede, no bairro de Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Em 1994, o acervo recebeu reconhecimento estatal, com o tombamento pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac).

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