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Saturday, February 04, 2012

Eficiência de indústrias do Seridó nordestino passa por avaliação

Técnicos analisam eficiência no uso de combustível. Projeto do INT fez parte de uma pesquisa Suíça

Um total de 90 das 120 indústrias cerâmicas da região do Seridó - entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba - foram avaliadas pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI), por meio do projeto Eficiência Energética em Cerâmicas de Pequeno Porte na América Latina para Mitigar a Mudança Climática (Eela).


Promovido Agência Suíça de Cooperação e Desenvolvimento (Cosude) e pela organização não-governamental Swisscontact, o trabalho é desenvolvido paralelamente em outros seis países: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, México e Peru.

O objetivo é incentivar medidas para otimizar o uso da energia nessas empresas, bem como reduzir as emissões de carbono e diminuir o impacto ambiental da atividade, desenvolvendo um modelo para ser replicado por outros núcleos produtores de cerâmica da América Latina. No Brasil, coordenada pelo INT, a iniciativa tem parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional), o Sebrae/RN, o Sebrae/PB, o Centro de Produção Industrial Sustentável (Cepis), o Serviço Florestal Brasileiro (SFB/MMA) e a Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer).

Na região do Seridó, foram feitos estudos comparativos entre os dois tipos de fornos tradicionalmente usados. O trabalho também avaliou formas de arranjar as peças cerâmicas para elevar a qualidade. E outra vertente apontou as soluções de emprego de ar de combustão forçado e de recuperação de calor, medidas que promovem uma economia de energia. “Os fornos caipiras são abertos e dispersam enorme quantidade de calor e gases poluentes, enquanto a opção em forma de abóboda aproveita melhor essa energia, inclusive a reutilizando para a secagem das cerâmicas”, explica o chefe da área de Energia do INT, Mauricio Henriques.

Ambiente - Além de buscar conter as emissões atmosféricas, o trabalho indicou mecanismos para racionalizar o uso e a extração de argila a modelos para ampliar a oferta de biomassa renovável, evitando o desmatamento e a degradação do solo.

A iniciativa disseminou, entre produtores locais, um modelo para ampliar o comércio de créditos de carbono decorrentes das medidas de otimização do uso da energia e dos recursos naturais. O trabalho envolveu ainda o levantamento de indicadores sociais, observando as relações de trabalho e indicando a correção das distorções encontradas.

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