Nascida em Feira de Santana, Bahia, em 12 de dezembro de 1886, faleceu em Salcador, em 21 de junho de 1969. Educadora e pioneira do feminismo é também responsável por um dos grandes acervos de vestuário, da cultura popular da Bahia, em um dos mais importantes do país.
Henriqueta era uma dos catorze filhos do bem sucedido comerciante e industrial Bernardo Catharino, um português que emigrou para o Brasil ainda bem jovem, e de D. Úrsula Costa Martins Catharino, tornaram-se tradicional da cidade do interior baiano. Na primeira metade do século XX, seu pai tornou-se o maior empresário do estado, enquanto sua mãe, possuía uma forte formação católica.
A riqueza da família permitiu que Henriqueta tivesse em casa a melhor educação disponível à época, quando poucas eram as mulheres que estudavam. Orientada pela professora Cândia Campos de Carvalho, que dirigia-lhe os estudos, que contavam com aulas de alemão, francês e inglês. O alemão ela praticava com Fräulein Louise von Schiller. Estudou piano com Maria Eulina e Sílvio Fróes, e artes com com Vieira de Campos. Viajou muito para Europa, sobretudo, Paris, centro cultutal do mundo naquele período.
Aliou-se a médica Francisca Praguer Fróes ( 1872-1931) uma das principais figuras feministas do Brasil, seu nome é citado dentre as que primeiro se preocuparam com o papel ativo da mulher na sociedade. Enaquanto a médica lutava pela ampliação dos direitos civis, exemplo direito ao voto, Henriqueta desenvolvia sua batalha para inserir a mulher no efetivo de trabalho.
Sua luta pelo direito da mulher surgiu ainda antes de completar os trinta anos, com a fundação de uma biblioteca, chamada "Propaganda da Boa Leitura", na primeira década do século XX. Ela também organizava as "tardes de costura", atividade filantrópica onde senhoras cosiam para as pessoas pobres.
No ano de 1923, junto com o Monsenhor Flaviano Osório Pimentel, fundou a Casa São Vicente, que mais tarde viria a ser o núcleo da Fundação Instituto Feminino da Bahia. Entre as diversas atividades que se perpetuaram na preservação de sua memória, vítimas do preconceito, como o fundador de uma das primeiras entidades de defesa racial, a Frente Negra, de São Paulo, Santos, falecido na Bahia em 1932, Marcos Rodrigues dos Santos.
Homenagens
Henriqueta Martins Catharino é homenageada com nome de colégio e rua (bairro da Federação), em Salvador, Bahia. Foi aclamada como o maior nome da década de 1980, empresta nome ao museu que idealizou e ajudou a fundar, um dos mais importantes espaços memoriais do estado. Um edifício situado no centro da cidade, Salvador, também leva o nome de Henriqueta Catharino. (Francisco Martins).
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