Pages

Friday, September 05, 2008

Militão Azevedo

Não ter sua arte reconhecida quando vivo não foi privilégio dele. Mas, como todos os injustiçados por culturebas que se aglomeram pelos gabinetes desses Brasis, Azevedo deixou aos paulistanos um dos melhores legados fotográficos. Uma lição para o futuro.

Militão Augusto de Azevedo, nasceu no Rio de Janeiro, em 1837. Fixou-se na Cidade de São Paulo quando tinha 25 anos. Ele veio trabalhar como retratista da casa Carneiro&Gaspar, onde trabalhou até 1875, quando adquiriu independência profissional. Então, ele abriu seu próprio ateliê a ‘Photographia Americana’. Apesar de gozar de grande prestígio, seu nome não deu sustentação ao ateliê, desanimado, teve de fechá-lo em 1885. Mais tarde encontraria ânimo para mais um projeto, a produção do Álbum Corporativo de Visitas da Cidade São Paulo, entre 1862 a 1887. Já no final da década de 1880, desgostoso com o ofício de fotógrafo, retorna ao Rio de Janeiro, porém, alguns anos depois retornaria para São Paulo. Seu filho, Luiz Gonzaga de Azevedo, também contribuiu com os retratos da cidade paulistana no final do século XIX, principalmente sua população e personagens, que constituem o patrimônio dos paulistanos.
O mito vive
Em 1996, um projeto tratou de catalogar todo o trabalho do fotógrafo. As coleções passaram por tratamento computadorizado no Laboratório de Conservação e Restauração do Museu Paulista [Museu do Ipiranga]. O tratamento se dividiu em três etapas: higienização, embalagem e restauração. A coleção pertencia a sua bisneta, Raquel de Azevedo Salles, que foi convencida a doá-lo para o Museu Paulista com a proposta de restauro e divulgação do trabalho do fotógrafo, que morreu em 1905, em São Paulo.

No comments: