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Friday, May 29, 2009

Meire Pavão: princípio do rock

A cantora é uma das figuras citadas em “Festa de Arromba”, do ‘tremendão’ Erasmo Carlos.

Sua história no rock brasileiro é uma quase uma aparição, e deu-se entre as fases do rock and roll, representado por Celly Campelo e o período da Jovem Guarda, tendo Wanderléa, como sua representante maior. Todos esses fatores deram enorme contribuição no ofuscamento na carreira de Meire Pavão. A cantora nasceuTaubaté, interior paulista, filha do maestro Teothônio Pavão, ela começou a carreira quando adolescente no Conjunto Alvorada. Chamou atenção, a ganhou de programas exclusivos em TV’s. No seu repertório, Meire deixa um bom legado como a faixa ‘Lição de twist’, que consta em uma coletânea denominada Censurar Ninguém se Atreve.

Seu primeiro contrato foi na gravadora Chantecler, quando tinha 17 anos, isso em 1964, onde de cara emplacou um hit ‘O que eu faço do meu latim?’, uma versão feita pelo pai dela de uma canção italiana. O sucesso o fez lançar o Long Play “A Rainha da Juventude” incluindo todas as faixas de sucessos como “Downtown” ‘Bem bom’, sendo a primeira uma versão feita para a música de Petula Clark. Um ano mais tarde, já na gravadora RCA Victor, lançou o segundo disco cujo título era “Meire”, e nele estava o maior êxito fonográfico de sua trajetória “Família Buscapé” {Albert e Teothônio Pavão}. Também nesse disco, algumas versões que ganharam destaques pela originalidade “Chame um táxi” - uma versão de “Taxman, dos Beatles”. No ano de 1969 ainda conseguiu fazer relativo sucesso com “Monteiro Lobato”.

A cantora ainda não chegou à era digital. O CD está prestes a sair de linha, e os dois discos ainda estão inéditos. Ouvir Meire Pavão é quase uma obrigação para quem tem pretende conhecer os fundamentais da história do rock brazuca. Com seu tom quase lírico de cantar rock; versões de cunho particular, era bem além dos padrões da época. Tinha um estilo que transitava entre Mary Hopkins, Sandie Shaw por exemplo. Ou seja, ela era muito além das celebridads da Jovem Guarda.

Na TV ela atuou ao lado de Wanderley Cardoso em “A Grande Parada”, o humorítico “O riso mora ao lado” e uma novela denominada de “Sozinho no mundo”.
A cantora fez sua última aparição , segundo o livro ‘Rock Brasileiro, 1955-65’, na capital paulista, com o grupo Os Vikings. Em 1974, faz mais uma tentativa de retornar ao disco, cantando ao lado do irmão Albert, do pai, Tethônio, Vikings e de Thomas Roth {Lua Music}, um discos dedicado ao publico infantil.

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