Friday, January 11, 2008
Simone de Beauvoir, 100 anos
As suas obras oferecem uma visão sumamente reveladora de sua vida e de seu tempo. De um relacionamento homossexual com a amiga Zaza, ela conheceu o filósofo Sartre com quem manteve-se no centro de polêmicas pela liberdade sexual de ambos.
Mais conhecida como Simone de Beauvoir, Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, nasceu em Paris, em 9 de janeiro de 1908. Escritora, filósofa existencialista e feminista francesa, ela escreveria monografias sobre filosofia, política, sociedade, ensaios, biografias e escrevia romances. Filha mais velha do advogado Georges de Beauvoir e Françoise Brasseur, nasceu em berço burguês, algo que mais tarde ela optou por se livrar de suas origens. Buscou independência e sua primeira moradia em Paris foi no boulevar Raspail, um lugar elegante, mas modesto para seus padrões. Foi uma garota com infância tranquila, boa aluna marcada pela dedicação aos estudos. Sempre esteve em primeiro lugar ma escola. Foi a época onde sua homossexualidade aflorou e, manteve seu primeiro relacionamento por longos anos com a amiga Elizabeth Mabille - Zaza , que foi abruptamente rompida com a morte precoce de Zaza. O episódio foi narrado por Simone, posteriormente, em seu primeiro livro autobiográfico, "Memórias de Uma Moça bem-comportada", onde tece críticas sobre os valores burgueses.
Em Sorbonne, ela conheceu Jean-Paul Sartre, no ano de 1929, logo uniu-se estreitamente ao filósofo e a seu círculo, criando entre eles uma relação pra lá de polêmica. Era uma relação "aberta", pois o casal mantinha experiências sexuais com terceiros e e do mesmo sexo, que lhes permitiu compatibilizar suas liberdades individuais com sua vida em conjunto. No ano de 1943 lecionou filosofia em Marselha em escolas de diferentes localidades francesas, como Ruão e Marselha.
Seu primeiro romance foi " A convidada [1943] nele explorou os dilemas existencialistas da liberdade, da ação e da responsabilidade individual. Os mesmos temas ela abordaria igualmente em romances posteriores como "O sangue dos outros - 1944 e "Os mandarins de 1954, sendo esta obra recebedora do Prêmio Goncourt, e que é considerada a sua obra-prima.
O existencialismo seria temas explorados pela escritora. Sua tesa era de que cada pessoa é responsável por si própria. Ela também utilizou o mote em uma série de quatro obras autobiográficas, além de Memórias de uma moça bem-comportada (1958), destacam-se A força das coisas [1963] e "Tudo dito e Feito" ,1972. Já entre os seus ensaios críticos cabe destacar "O Segundo Sexo - 1949, onde envereda por uma profunda análise sobre o papel das mulheres na sociedade; em "A velhice, 1970, sobre o processo de envelhecimento, onde teceu ferrenhas e apaixonadas crítias sobre a atitude da sociedade para com os anciãos. "A cerimônia do adeus 1981, Beauvoir, evocou a figura de seu companheiro de tantos anos, Jean Paul Sartre. Em 14 de abril de 1986, ela morreria, em Paris. [formas&meios]
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