A arte em barro do Vale do Jequitinhonha (MG) e os saberes e ofícios a ela relacionados são tema de nova exposição na Sala do Artista Popular (SAP) do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (CNFCP-Iphan).
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Foto: Oscar Liberal/Iphan |
A mostra Arte do barro, arte na vida – Caraí, MG, reúne peças de autoria de familiares de dois reconhecidos ceramistas da região: Noemisa Batista Santos (1947) e Ulisses Pereira Chaves (1924-2006). Da família de Ulisses estarão expostas, entre outras obras, as máscaras e cabeças produzidas por seus filhos, Margarida Pereira Silva e José Maria Alves da Silva, e as cenas modeladas por sua neta Rosana Pereira Silva, em que sobressaem o diálogo com o avô, o encanto dos contos populares e dos filmes de animação.
Já da família de Noemisa, estarão as bonecas de sua irmã Geralda Batista dos Santos, desde as que guardam na forma a moringa àquelas que retratam o cotidiano. Assim, a SAP abre suas portas para o legado da transmissão de saberes desses artistas. Caraí, município mineiro do médio Jequitinhonha, região marcada pela alternância entre períodos de seca e de chuva e pela pequena produção agrícola, passou a se destacar também pelo trabalho de gerações de mulheres que dominavam a arte em barro, conhecidas como paneleiras.
Com o tempo, as peças produzidas para uso cotidiano e feiras locais foram dando espaço a uma produção mais singular e voltada para o mercado urbano. Foi nesse contexto, a partir dos anos 70, que se evidenciaram as obras de Noemisa e Ulisses. Até 24/11
Endereço: CNFCP – Rua do Catete, 179 – Rio de Janeiro (RJ)
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