Morreu precocimente mas deixou um bom legado nas artes plásticas e influência no artesanato brasileiro ao colar pedras sobre tecidos.
Nasceu em Fortaleza, Ceará, no dia 1º de março de 1957. Em 1961, Leonilson muda-se com a família para São Paulo. Ingressa no curso de Licenciatura em Artes Plásticas em 1977, freqüentando as aulas dos artistas Nelson Leirner, Júlio Plaza e Regina Silveira. Nesta época, divide atelier Luiz Zerbini. Em 1979, participa da sua primeira exposição coletiva "Desenho Jovem", no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Já no ano de 1980 resolveu abandonar o curso de licenciatura e participa da mostra Panorama da Arte Atual Brasileira / Desenho e Gravura, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Sua primeira viagem ao exterior acontece em 1981. Em Madrid, Leonilson realiza sua primeira exposição individual na Galeria Casa do Brasil. Visita diversas cidades européias.
Participa da exposição Giovane Arte Internazionale, Galleria Giuli, em Lecce - Itália. Em 1982 volta à Europa e viaja pela Itália, Alemanha e Portugal. Expõe individualmente na Galeria Pellegrino, em Bolonha. Realiza duas exposições individuais em 1983, em São Paulo, na Galeria Luisa Strina e no Rio, na Galeria Thomas Cohn. Conhece Leda Catunda. Viaja para Paris em 1985 para participar da "XIII Nouvelle Bienale" e visita Milão e Bologna. Viaja para Buenos Aires para participar da exposição Nueva Pintura Brasileña, no Centro de Arte y Comunicación, e conhece Daniel Senise. Participa da "XVIII Bienal Internacional de São Paulo"e conhece o artista alemão Albert Hien. Ainda neste ano realiza exposições individuais na Galeria Luisa Strina, Thomas Cohn Arte Contemporânea e no Espaço Capital em Brasília, entre outros locais.
Pulitzer Art Gallery
Em 1990, viaja para Londres, Nova York, Paris, Veneza e Amsterdã. Começa a gravar fitas, registrando idéias, tendo em vista o projeto de um livro que seria realizado por seu amigo Ricardo Ferreira conforme era seu desejo. Leonilson realizou exposição individual na mais seletiva galeria de arte do mundo, a Pulitzer Art Gallery. Em março de 1991 inicia as ilustrações da coluna semanal de Barbara Gancia no jornal Folha de S. Paulo, até maio de 1993. Viaja para Nova York, Los Angeles e Chicago. Em agosto, um teste revela que Leonilson é soropositivo ao vírus HIV. Participa das exposições Viva Brasil Viva, no Liljevalchs Konsthall, em Estocolmo - Suécia, "Brasil: la Nueva Generacion", na Fundación Museo Bellas Artes, em Caracas. Em 1992 organiza a exposição Um Olhar sobre o Figurativo, para a Galeria Casa Triângulo, em São Paulo.
Viaja novamente para Amsterdã, Munique, Paris e Nova York. Participa das exposições coletivas "X Mostra de Gravura Cidade de Curitiba/Mostra América", no Museu de Gravura da Cidade de Curitiba e "Pintura Brasil Década 80", e realiza a série de 7 desenhos intitulada O Perigoso. Em 1993, expõe em individuais na Galeria São Paulo e Thomas Cohn Arte Contemporânea. Participa da exposição coletiva itinerante "Cartographies", na Winnipeg Art Gallery, Winnipeg. Leonilson cria seu último projeto, uma instalação na Capela do Morumbi, São Paulo, mas não chega a vê-lo realizado. Em 28 de maio de 1994, falece em São Paulo. Em Fortaleza, sua terra natal, uma exposição com suas principais obras. [Francisco Martins]
12/9 a 29/10 no CCBNB
Instituto Leonilson:
Rua França Pinto, 375 -
Vila Mariana São Paulo
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